A comunicação verbal de ambos começou com aproximadamente 9 meses e com 10 já esboçavam mamãe e papai, água, caretinhas de bichinhos, tocavam beijinhos, relação com brinquedos aparentemente normal. Adriano era muito sério e o Vinicius muito alegre, sorria com as gracinhas e caretas que fazíamos para eles.
Com 9 meses Vinícius tinha gosto por brinquedo que girava e acendia e apagava luzes, ficava muito concentrado. Mas seguia com comunicação e sociabilização normal, com uma certa indiferença em relação ao irmão. Era muito agitado para dormir e acordava varias vezes a noite.
Com um ano Vinícius largou repentinamente meu peito e o bico que chupava para dormir. Aumentou interesse por objetos luminosos e com 1 ano e dois meses começou a girar todos os objetos circulares que encontrava, nesta fase deixou de verbalizar e a não olhar mais para nossos olhos. Entre 1 ano e 3 meses e 1 ano e seis meses, passou a ter alguns medos, como andar de elevador e foguetes.
Ele ingressou com 2 anos na escola junto com o irmão. Nesta época, ele era não verbal, isolado, hiperativo, e não olhava nos olhos.
Apesar de nossas tentativas na escola de realizar um trabalho diferencial com ele, a pedagoga responsável avisou que a escola não tinha condições profissionais para lidar com esse tipo de problema, nos indicando uma escola para crianças especiais.
Resolvemos mudar os dois de escola, já que pensamos que se uma escola não trabalha com inclusão social não serve para nenhuma criança típica ou atípica. Encontramos uma escola montessoriana, pequena, onde nos deram a oportunidade de diálogo entre pedagogas e professoras.
Começamos em maio de 2008 uma dieta sem glúten e caseína, conservantes e químicos, que teve duração de um ano, aparentemente essa dieta não ajudou, já que neste período Vinícius apresentou a maioria das características de uma criança autista.
Com 3 anos caminhava na ponta dos pés, sacudia as mãos, adorava ventiladores (quando via um gritava e pulava sem parar), chorava com determinados sons, como bombas e microfonia (aeroportos, cantores e pessoas que usam microfone). Adorava livros de arquitetura onde aparecem o interior das casas e seus ventiladores. Fica extremamente agitado quando vai na casa de alguém, procurando os interruptores, ventiladores e banheiros.
Ainda com 3 anos ele começa a verbalizar, conhece todos os números de 1 a 10, diversas formas, e letras. Adora música.
Dentre as várias estereotipias, adora apertar a descarga e bater as mãos, prende as fezes o que já causou problemas de saúde. Come pasta de dentes, abre e fecha a geladeira, come compulsivamente. Depois das férias de janeiro de 2009 deixou novamente de verbalizar. Neste período já realizava terapias 2 vezes por semana com fonoaudióloga, psicóloga, terapia ocupacional, terapia aquática e dieta de glúten e caseína.
Voltou a falar algumas palavras soltas em junho de 2009, mas apenas quando solicitado, p.e. perguntamos “que cor é essa?” “que forma é essa? “que letra é essa?” . Está olhando com mais freqüência. Faz xixi no vaso quando lembrado. Neste período retirei de todas as terapias. Em julho de 2009 começou a fazer psicomotricidade.
Existe pouca interação entre o Vinícius e Adriano, com o tempo o próprio Adriano acabou se afastando do irmão. Porém, quando o Adriano não está o Vini pergunta o tempo todo pelo mano. Estamos trabalhando para que os dois criem um vínculo, mas essa é a parte mais difícil.
Em julho de 2009 conheço o Programa Son-Rise e começo a buscar mais informações. Em 22 a 24 de novembro de 2009 fiz a primeira fase do Programa no Rio de Janeiro e a II fase de 3 a 6 de dezembro 2009 em São Paulo.
Depois do final de ano traumático com muitos fogos, Vinícius vem apresentando algumas mudanças. Estamos fazendo Son-Rise desde dezembro de 2009, pelo menos uma hora por dia. Não é ideal. Estamos nos preparando para iniciarmos o programa no dia 20 de janeiro quando começarem as aulas dos meninos. Arrumamos o quarto de brincar, vamos chamá-lo de “quarto da alegria” e começamos a preparar os voluntários.
Os voluntários são um capítulo a aparte na vida do Vinícius, voltei do workshop tão entusiasmada que acabei contagiando os amigos, que aos poucos foram se oferecendo para participar. Somos muitos gratos por essas pessoas estarem participando da vida de nossos filhos e ajudando o Vini a construir uma ponte para nosso mundo.
A partir daqui começarei o diário do Vinícius utilizando o Programa Son-Rise.Com um ano Vinícius largou repentinamente meu peito e o bico que chupava para dormir. Aumentou interesse por objetos luminosos e com 1 ano e dois meses começou a girar todos os objetos circulares que encontrava, nesta fase deixou de verbalizar e a não olhar mais para nossos olhos. Entre 1 ano e 3 meses e 1 ano e seis meses, passou a ter alguns medos, como andar de elevador e foguetes.
Ele ingressou com 2 anos na escola junto com o irmão. Nesta época, ele era não verbal, isolado, hiperativo, e não olhava nos olhos.
Apesar de nossas tentativas na escola de realizar um trabalho diferencial com ele, a pedagoga responsável avisou que a escola não tinha condições profissionais para lidar com esse tipo de problema, nos indicando uma escola para crianças especiais.
Resolvemos mudar os dois de escola, já que pensamos que se uma escola não trabalha com inclusão social não serve para nenhuma criança típica ou atípica. Encontramos uma escola montessoriana, pequena, onde nos deram a oportunidade de diálogo entre pedagogas e professoras.
Começamos em maio de 2008 uma dieta sem glúten e caseína, conservantes e químicos, que teve duração de um ano, aparentemente essa dieta não ajudou, já que neste período Vinícius apresentou a maioria das características de uma criança autista.
Com 3 anos caminhava na ponta dos pés, sacudia as mãos, adorava ventiladores (quando via um gritava e pulava sem parar), chorava com determinados sons, como bombas e microfonia (aeroportos, cantores e pessoas que usam microfone). Adorava livros de arquitetura onde aparecem o interior das casas e seus ventiladores. Fica extremamente agitado quando vai na casa de alguém, procurando os interruptores, ventiladores e banheiros.
Ainda com 3 anos ele começa a verbalizar, conhece todos os números de 1 a 10, diversas formas, e letras. Adora música.
Dentre as várias estereotipias, adora apertar a descarga e bater as mãos, prende as fezes o que já causou problemas de saúde. Come pasta de dentes, abre e fecha a geladeira, come compulsivamente. Depois das férias de janeiro de 2009 deixou novamente de verbalizar. Neste período já realizava terapias 2 vezes por semana com fonoaudióloga, psicóloga, terapia ocupacional, terapia aquática e dieta de glúten e caseína.
Voltou a falar algumas palavras soltas em junho de 2009, mas apenas quando solicitado, p.e. perguntamos “que cor é essa?” “que forma é essa? “que letra é essa?” . Está olhando com mais freqüência. Faz xixi no vaso quando lembrado. Neste período retirei de todas as terapias. Em julho de 2009 começou a fazer psicomotricidade.
Existe pouca interação entre o Vinícius e Adriano, com o tempo o próprio Adriano acabou se afastando do irmão. Porém, quando o Adriano não está o Vini pergunta o tempo todo pelo mano. Estamos trabalhando para que os dois criem um vínculo, mas essa é a parte mais difícil.
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| Adriano e Vinícius |
Depois do final de ano traumático com muitos fogos, Vinícius vem apresentando algumas mudanças. Estamos fazendo Son-Rise desde dezembro de 2009, pelo menos uma hora por dia. Não é ideal. Estamos nos preparando para iniciarmos o programa no dia 20 de janeiro quando começarem as aulas dos meninos. Arrumamos o quarto de brincar, vamos chamá-lo de “quarto da alegria” e começamos a preparar os voluntários.
Os voluntários são um capítulo a aparte na vida do Vinícius, voltei do workshop tão entusiasmada que acabei contagiando os amigos, que aos poucos foram se oferecendo para participar. Somos muitos gratos por essas pessoas estarem participando da vida de nossos filhos e ajudando o Vini a construir uma ponte para nosso mundo.
Kita
