Queridos voluntários e profissionais,
estamos saindo de férias no dia 3 de julho e retornaremos a Belém dia 28 de julho, portanto, o Vinicius vai dar férias pra vocês!!!!
Primeiro queria me desculpar pela demora em escrever pro grupo, a correria está grande apesar da greve. Em segundo agradecer a participação de todos na vida do Vini, nosso menino tem nos surpreendido, até mesmo profissionais que estão acostumados a trabalhar com crianças com autismo ficam surpresos com a evolução dele. Será que é porque comemoramos com tanta intensidade os pequenos avanços? São pequenos e definitivos.
Tive uma reunião na escola SIEC, que tem sido minha parceira a 1 ano. Foi muito bom ouvir da professora Luana e da Pedagoga Noemi os avanços dele, principalmente na parte da interação social. A professora Luana disse que fez um trabalho com as crianças da sala dele, para que elas incentivassem o Vini a participar, foi resposta imediata, está sendo um trabalho incrível. As crianças puxam o Vini e direcionam o olhar dele para elas, ajudando no contato visual.
Luana mostra para os outros alunos que o Vini está aprendendo, como quando ela pede pra ele marcar no quadro o número correto, p.e. 88, 36...e ele marca correto. As crianças ficam surpresas e dizem, como ele é esperto! e aplaudem!
A relação da professora e da Liliane (Facilitadora) tem sido incrível também, ela foi muito elogiada pela sua competência e empatia que ela e o Vini tem.
Luana falou que na concepção dela os progressos do Vinicius não devem ser comparados com as outras crianças típicas, mas sim com ele mesmo. Quando ouvi isso, gritei lá no fundo, ISSO É INCLUSÃO ESCOLAR!!! Parabéns Luana pela tua sensibilidade, e por estar aberta pra conhecer o Vini!
Uma pequena historinha (não sei bem a ordem dos fatos):
O Vini está no primeiro ano, aprendendo a escrever e ler. A professora chega atrasada e diz pra facilitadora do Vini que teve que fazer um "exame", o Vini pede para ela escrever a palavra exame. A professora escreveu "Exame" e ele corrigiu apontando pra letra "X" e disse que era "Z" e só sossegou quando ela "corrigiu". A professora achou muito interessante e até se emocionou, porque ele tentou corrigir a letra pelo som e não pela escrita. E também corrigiu a ultima letra "e" de exame e trocou por "i". Ou seja, o jeito correto de escrever exame na cabeça dele é "ezami". E quem disse que está errado?
Um grande abraço pra todos e boas férias!!!
Kita
