MOSAICO DO VINI

Muitas vezes um caquinho não tem significado, mas junto com outros pode compor uma bela imagem

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Duelo

Repassado por Laura Miglio (14 NOVEMBRO 2012)

Inesquecível ! Fantástico momento ! A CENA (REAL) QUE MARCOU O FILME O filme *Amargo Pesadelo* estava sendo rodado no interior dos Estados Unidos. O diretor fez a locação de um posto de gasolina nos confins do mundo, onde aconteceria uma cena entre vários atores contracenando com o proprietário do posto onde ele também morava com sua mulher e filho. Este último era autista e nunca saía do terreno da casa. A equipe parou no posto de gasolina para abastecer e aconteceu a cena mais marcante que o diretor teve a felicidade de encaixar no filme. Num dos cortes para refazer a cena do abastecimento, um dos atores, sendo músico, sempre andava acompanhado do seu instrumento de cordas, aproveitando o intervalo da gravação e já tendo percebido a presença de um garoto que dedilhava um banjo na varanda da casa, quando aproximou-se e começou a repetir a sequência musical do garoto. Como houve uma '*resposta musical*' por parte do garoto, o diretor captou a importância da cena e mandou filmar. O restante vocês verão no vídeo. Atentem para alguns detalhes: - - O garoto é verdadeiramente um autista; - - ele não estava nos planos do filme; - - A alegria do pai curtindo o duelo dos banjos ... dançando; - - A felicidade da mãe captada numa janela da casa; - - A reação autêntica de um autista quando o ator músico quer cumprimentá-lo. Vale a pena o duelo, a beleza do momento e, mais que tudo, a alegria do garoto. A sua expressão. No início está distante, mas, à medida que toca o seu banjo, ele cresce com a música e vai se deixando levar por ela, até transformar a sua expressão num sorriso contagiante, transmitindo a todos a sua alegria. A alegria de um autista, que é resgatada por alguns momentos, graças a um violão forasteiro. O garoto brilha, cresce e exibe o sorriso preso nas dobras da sua deficiência, que a magia da música traz à superfície. Depois, ele volta para dentro de si, deixando a sua parcela de beleza eternizada por acaso no filme *Amargo Pesadelo* (Ano: 1972).


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